domingo, 5 de outubro de 2008

Sem título


Agora já foi.
Sou nau à deriva.
Impotente esperando a tempestade
Que virá...

Como saber o que se passa
Realmente nos teus sonhos.
Insisto na mesma fórmula:
Suores, nervosismo e dúvida.
Teimosa acompanhante de todos os loucos,
Inconfidentes e lunáticos.
Amantes em um deserto de ódio e consumo.
Não somos livres como as metáforas.
Elas sim, voam, e encantam os mais céticos.

Meus sentimentos desfilam ao conversar contigo.
Eu não posso olhar-te nos olhos.
Um disparo, um beijo, uma vida, um medo.

Apressados, todos esquecemos a Beleza.
Maravilhados com o supérfluo esquecemos o essencial.
Omitimos o melhor de nós mesmos, guardamos pra quem não virá.
Realmente, somos seres inacabados...

Esperamos o retoque teológico.
Procurando uma resposta metafísica.
Sem, no entanto, notar que só existe
O amor que nos escapa, e que ao mesmo tempo nos completa...

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